Uso da fossa séptica ambientalmente seguro

A utilização de sistema séptico para tratamento de dejetos de uma residência possibilita a redução com eficiência da matéria orgânica, além de efetuar um eficiente controle de bactérias, microrganismos e substâncias orgânicas prejudiciais à saúde. Nos entanto, entender a técnica de construção da fossa séptica e seus limites de utilização e locação é de extrema importância para se evitar problemas no ecossistema e minimizar impactos para a população ao redor

A fossa séptica é um bom sistema como alternativa para as regiões onde não existem redes coletoras de esgoto, apesar de sua maioria, não removem completamente os constituintes nocivos dos efluentes ao meio ambiente.

De uma maneira geral, o sistema dor fossa séptica, segundo Wilhelm et al. (1994), apresenta 3 zonas distintas de processo geoquímico que promovem o tratamento do esgoto:

1. A Zona Anaeróbia - a primeira zona de tratamento, representada pelo tanque séptico e pela região onde acumula material biológico na saída dos drenos de infiltração. ocorre a digestão da matéria orgânica através de reações em condições anaeróbica, devido à baixa concentração de oxigênio no meio.

2. A Zona Aeróbia - O efluente, ao infiltração no solo, sai do ambiente anaeróbio de dentro da fossa para o ambiente aeróbico do solo logo abaixo, antes de atingir o nível de água local (zona saturada), onde o solo não saturado possui oxigênio nos interstícios granulares do solo. Com o oxigênio (O2), ocorre a oxigenação do carbono da matéria orgânica e a nitrificação dos materiais (NH4+ e NO3-) pela ação das bactérias naturais presentes no solo, que tendem a proliferar-se.

3. Segunda Zona Anaeróbica - constituída pela zona saturada do solo, isto é, zona abaixo do nível freático, onde a presença do oxigênio é drasticamente diminuída. Neste zona, ocorre a reação de conversão do NO3- a N2 (com presença de carbono suficiente), efetuando a desnitrificação.

Quando falamos de fossa séptica, temo que entender que sua locação é um dos principais aspectos do utilização correta da fossa, possibilitando o adequado tratamento dos efluentes, evitando a contaminação da água subterrânea, de forma a preservar a saúde e o meio ambiente, a higiene, o conforto e a segurança dos envolvidos em áreas onde são utilizadas fossas sépticas.

A norma técnica ABNT de 1993 define as diretrizes básicas para a melhor locação e construção de um sistema de fossa séptica.

O projeto da fossa deve contemplar um fácil acesso para a sua manutenção, estar a uma distância mínima segura de construções e do nível freático, assim como de captações de água subterrânea, em especial, estar à jusante de poços do tipo cacimba (depois do poço em elação aos fluxos preferenciais de água subterrânea). Como saber se estar a jusante? Bem, tenha como regra que não pode haver poço de captação de água entre ela e um córrego, a uma distância segura.

Em comparação com fossas negras, de larga utilização no país, fossas sépticas apresentam inúmeras vantagens, tanto ambientais quanto sociais, visto que revelam benefícios não só no tratamento do esgoto e minimização da contaminação de solos, como também na redução do odor e maior durabilidade no tempo.

Finalizando, o sistema de fossa séptica é um projeto de engenharia ambiental e, assim, deve haver um estudo e projeto prévio por pessoa habilitada, além de seguir as diretrizes existentes nas normas técnicas e a legislação legal pertinente