Água, importância e seu ciclo na terra

Toda a água que cai na superfície da terra está inteiramente ligada ao Ciclo Hidrológico, que atua na dinâmica externa da Terra, movida pela energia solar, conforme ilustra a imagem acima.

A água é fundamental para a vida, sendo, porém, um recurso limitado e de valor econômico. Sua importância não se restringe apenas à sobrevivência humana, mas principalmente para o desenvolvimento de todas as atividades produtivas, devendo para tanto, serem assegurados seus usos múltiplos: agro pecuária (principalmente irrigação), geração de energia elétrica, produção industrial, diluição de efluentes domésticos e industriais, transporte fluvial e por último, mas não menos importante, a manutenção das condições ecológicas e ambientais.

No entanto, a água é um bem finito, com volume fixo e distribuição heterogênea na Terra, de maior volume nos oceanos (97,5%), não potável por ser salgada. Apenas 2,5% é água doce. Entretanto, deste total de água doce, a maior parcela (68,9%), está na forma de gelo nas calotas polares, 29,7% nos sistemas aquíferos – água subterrânea, 0,5% nos rios e lagos e 0,9% outros reservatórios (nuvens, vapor d’água etc.).

Além disso, os seres vivos – animais e plantas – também reservam água. No corpo de um adulto, cerca de 60% da massa corporal total é água, podendo variar de 45 a 75%, dependendo da idade e do sexo. Um Homem médio, de 70 kg, possui 42 litros de água no corpo, sendo 28 litros dentro das células (2/3), e 10,5 litros no espaço ao redor das células e 3,5 litros, ou aproximadamente 8% da quantidade total de água, no sangue. Por isso precisamos, continuamente, beber água (cerca de 2 litros por dia) para nos manter saudáveis. Depois do oxigênio, a falta d´água é o que nos mata primeiro.

Como indicado na Figura 1, a água subterrânea é a maior fonte de água nos continentes e sua exploração é feita através de poços de captação. A exploração das águas subterrâneas na região da Grande São Paulo remonta ao início do século, já tendo sido destacada em 1898 a possibilidade de sua explotação (LEINZ, 1955). Atualmente existem cadastrados cerca de 10.000 poços tubulares na Região Metropolitana de São Paulo - RMSP, extraindo mais de 203 milhões de m3/ano de água subterrânea, apenas 25% das disponibilidades avaliadas para a região (CEPAS, 1994).

A água subterrânea pode estar armazenada sob duas formas básicas:

• em sistemas aquífero porosos ou aquíferos, constituídos por rochas sedimentares (areias, argilas, etc.) e;

• sistemas aquíferos fissurais, constituídos por rochas cristalinas (granitos, gnaisse, etc.) fissuradas e/ou fraturadas.

O armazenamento e escoamento da água no subsolo depende principalmente de duas características das rochas: porosidade, que é o número de espaços vazios (poros, fraturas, etc) presente nas rochas, e a permeabilidade, que é o quanto esses espaços estão em comunicação entre si.

A perfuração e operação de poços tubulares profundos para a captação da água subterrânea é regulamentada pelo DAEE - Departamento de Água e Energia Elétrica do Estado de São Paulo. Para a perfuração e operação se faz necessário a obtenção de outorga junto ao DAEE, que concede a autorização para perfurar o poço, avaliando o projeto, e posteriormente o direito de uso do recurso hídrico e protegendo o usuário de possíveis conflitos quanto a futuros usos do recurso.

A licença para a perfuração e a operação de poços tubulares profundos deve ser executada por geólogo, sendo constituída por: informações cadastrais, geologia, hidrogeologia, dados construtivos do poço, analise físico química e bacteriológica da água, quantidades e período de exploração, mapa topográfico e RAE – relatório de avaliação de eficiência, com fluxograma de utilização da água.

Através de uma avaliação hidrogeológica prévia a FREVO avalia a disponibilidade e os riscos associados ao projeto de captação, assistindo o cliente na tomada de decisões e contratações dos serviços necessários para a perfuração e implantação do projeto, bem como o gerenciamento dos usos dos recursos hídricos subterrâneos.